Etica Pós Moderna

No fim da idade moderna tem-se uma fase autocrítica, onde se percebeu que as teorias éticas antes “adotadas” com habitualidade não estavam amparando os interesses morais modernos, e isso tornou possível uma nova compreensão dos fenômenos morais. Essas mudanças éticas logo causaram contendas entre filósofos que compreendiam essas inovações éticas de formas diferentes. Bauman mostra que o pensamento do filósofo Lipovestsky levava-nos a entender que “as pessoas não são estimuladas ou desejosas de se lançar na busca de ideais morais e cultivar valores morais”, ou seja, haveria um abandono daquilo que era considerado moral, posto que, a descrição do comportamento prevalente era fazer afirmação moral, para Bauman isso não era verdade, pois nova seria a abordagem do tema e não o abandono de conceitos morais. As pessoas não aceitavam a forma com que o tema era tratado, com regulamentações normativas coercitivas na prática política, com absolutismos que seriam universais, e com a tentativa de fundamentação teórica. A figura de um Deus supremo e inquestionável em suas normas, fez com que a vontade livre se tornasse somente a escolha entre o certo e o errado, escolher o lado certo não significava a escolha da sua vontade nata, mas sim uma forma de evitar escolher e assim seguir um padrão costumeiro.
Esses “moldes” trazem consigo algumas marcas da condição moral enumeradas por Bauman que já foram apreciadas na modernidade, dentre elas estão fenômenos morais que analisados intimamente, percebe-se seu caráter irracional, não há possibilidade de explicarmos sua racionalidade. Pelo fato de serem inconstantes, o que é moral para uma determinada pessoa pode não ser para outra, nessa perspectiva não há como regrá-las, não há possibilidade de serem colocados em um código ético e serem usados por todos como queriam os modernistas. A moral é pessoal a cada um, ela é “a única autoridade capaz de orientar os seres humanos para compreensão de si, pois flui na incerteza do