Etica Camila

II.1.2. Reflexão sobre políticas públicas brasileiras de saúde à luz da bioética
Atualmente a bioética permite diversas formas de compreensão que varia de acordo com o contexto, nações e até mesmo entre estudiosos de um mesmo país. Na década de 70 surgiu como uma nova maneira de perceber e encarar o mundo, e a vida a partir da ética, onde englobava-se aspectos como: questões biomédicas, meio ambiente e ecossistema.
Entretanto, no VI Congresso Mundial de Bioética realizado em Brasília, 2002, durante os embates percebeu-se a necessidade para a bioética para incorporar no seu campo de reflexão e ação temas políticos da atualidade como por exemplo: as discrepâncias sociais e econômicas, que envolvesse a coletividade.
Na atualidade percebe-se uma “popularização” da ética que ocorreu também em decorrência de inúmeros escândalos públicos envolvendo corrupção e outros fatores importantes como: o respeito e valorização cultural, novos referenciais morais que foram construídos diariamente, resultam em uma modificação comportamental no que diz respeito aos aspectos individuais e coletivos.
Assim, a ética passou a ganhar importânciadireta ou indiretamente modificando diversas situações. O setor público em especial a saúde também passou a exigir uma nova abordagem. Anteriormente as atenções estavam insistentemente dirigidas aos códigos de ética dos profissionais da saúde, negligenciando por vezes o usuário e a comunidade. Agora, entende-se que é primordial que tornam-se participantes e foco central das discussões.
No Brasil é necessário que a ética incorpore-se ao próprio Sistema Único de Saúde (SUS), no que diz respeito à responsabilidade social, distribuição de recursos e gerenciamento do sistema, contribuindo para a melhoria dos serviços.
No mundo, a saúde passou ser mais um objeto de consumo, onde quem tem recursos compra boa mercadoria, quem não tem contenta-se com o pouco ofertado. Medidas eficazes necessitam ser tomadas, garantindo o acesso igualitário a saúde, uma