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Branca de neve e os sete anões
(narrador) Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa Branca de Neve. Sua pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e os cabelos pretos como o ébano.
(narrador) Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente.
O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela possuía um espelho mágico, para o qual perguntava todos os dias:
(bruxa) — Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu?
(espelho) — És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha!
— respondia ele.
(narrador) Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela. (narrador) Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a vestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por todos. Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho:
(bruxa) — Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu?
(espelho) — Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela! (narrador) A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa.
No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na floresta, mas não a matou.
(caçador) — Princesa, a rainha ordenou que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer e sempre fui leal a seu pai.
(branca de neve) — A rainha?! Mas, por quê? — perguntou a princesa. (caçador) — Infelizmente não sei, mas não vou obedecer a rainha dessa vez. Fuja, princesa, e por favor não volte ao castelo, porque ela é capaz de