Estudo sobre gênero

Vivemos em uma sociedade onde tudo é classificado quanto ao gênero. Os substantivos recebem artigos, definidos ou indefinidos, que permite-nos saber se tal palavra é do gênero feminino ou masculino. Levando para o âmbito pessoal, as pessoas também são classificadas em gênero, bem como suas ideias, suas atitudes, suas roupas e seu comportamento. Tudo que foge à regra do “normal para homens” e do “normal para mulheres” é considerado como algo esdrúxulo e muitas vezes é recriminado pela sociedade. Um homem que goste de cozinhar e cuidar da casa, por exemplo, já recebe olhares tortos; uma mulher que tem uma profissão que exija mais de sua força física ou de sua autoridade também é recriminada. Isso não passa de preconceito. A função que homens e mulheres exercem, seja em casa ou no trabalho, depende da necessidade e do bem estar de cada um. Mas, a sociedade machista constrange algumas pessoas que desejam fazer algo que não seja “adequado” para o seu gênero, fazendo com que elas se sintam acanhadas e tornando-as infelizes por não se sentirem à vontade para fazer o que gostam.
Antes de nascer uma criança, os pais já ficam ansiosos em saber o sexo do bebê, para não errar na hora de comprar o enxoval. Seria muito estranho para a sociedade se um pequeno menino tivesse suas roupinhas todas cor-de-rosa, ou se uma menininha fosse agasalhada com uma manta azul.
Em uma sociedade machista, tudo aquilo que é masculino tem maior valor do que aquilo que é feminino. Um exemplo clássico e trágico de nossa sociedade é a diferença de salários. Uma mulher que tenha a mesma formação acadêmica e exerça a mesma função que um homem em determinado ofício ainda tem salários mais baixos. Essa superioridade do homem é devida à ideia de que o homem é o protetor da mulher, o sexo forte predomina sobre o sexo frágil, mas isso é porque nossa sociedade pensa o universo masculino como sendo superior, fazendo com que o corpo masculino seja considerado mais forte.
A escritora Gloria Steinem