ESTUDO DO LAZER E GEOPOLÍTICA DO CONHECIMENTO
Introdução
Este texto te como principal objetivo apresentar alguns dados contidos no projeto colaborativo realizado no período 2007-2009, que procurou registrar, sistematizar, difundir e ampliar o intercâmbio de experiências sobre o lazer na América Latina (GOMES, OSORIO, PINTO e ELIZALDE, 2009).
Assim, dezesseis estudiosos pertencentes a oito países distintos efetivaram sua participação neste trabalho coletivo, produzindo e concluindo seus respectivos estudos sobre o lazer na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, Uruguai e Venezuela, abordando assim a realidade do lazer em suas realidades.
Destacamos que os estudos realizados pelos participantes de estudo, em seu conjunto, mostram uma valiosa diversidade de culturas, visões e perspectivas. Várias abordagens pode não representar as ideias de seu país como um todo, sendo um olhar entre os vários possíveis. Considerações gerais sobre a temática investigada
Passado quase um século, a sistemática do movimento recreacionista possui desdobramentos ainda verificados, nos dias atuais, no contexto latino-americano, entre os quais podemos citar:
a) a negação do “ócio”, Prevalece a máxima “tempo é dinheiro” e, dessa maneira, não cabe “perder tempo” com atividades tidas como inúteis e improdutivas;
b) a valorização da recreação dirigida/ orientada como uma estratégia educativa essencial para promover, sutilmente, o controle social;
c) a afirmação do lazer como uma promissora área que emprega mão de obra diversificada em sua cadeia produtiva.
Observa-se que na América Latina ainda há um preconceito com relação ao uso da palavra ócio, geralmente associado no vocabulário comum com preguiça e vadiagem, confundindo-se assim com ociosidade.
Tais considerações revelam que o lazer é um fenômeno dinâmico, complexo, dialógico, permeado de conflitos, tensões e ambiguidades.
Algumas particularidades dos estudos sobre os países investigados
Argentina: