Estudo de Casos

Se analisarmos a famosa frase de Henry Ford, de que “o consumidor pode escolher um Ford de qualquer cor, desde que seja preto”, não conseguimos justificar o argumento de que ele tinha uma visão essencialmente voltada para o cliente, pois podemos questionar até que ponto ele buscava ouvir quais eram as suas necessidades, como a de ter um carro de outra cor e tamanho.
Nesse ponto, podemos ter a certeza de que Henry Ford baseava sua produção na teoria de Taylor: com foco voltado altamente para a padronização e a divisão de trabalho e tinha no preço uma das principais forças de vendas.

Concordo com a afirmação de Theodore Levitt em Miopia em Marketing, de que Henry Ford usou o preço como um de seus trunfos para vender e popularizar o automóvel (um dos “P”s do Marketing), mas ainda fico em dúvida se ele tinha sua atenção altamente focada no cliente e não no produto e na forma de produzi-lo. Segundo Levitt, “a venda se preocupa com a necessidade do vendedor de converter seu produto em dinheiro; o marketing, com a idéia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo o conjunto de coisas ligadas à sua fabricação, à sua entrega e, finalmente, ao seu consumo”.

Acredito que o método de administrar e comercializar de Henry Ford está situado no meio termo, entre a produção e o marketing, pois na minha opinião, o seu sucesso deve-se à junção do foco na produção em massa e na estratégia de vender um produto acessível em termos de