Estados e Instituições Políticas (Constant e Robespierre)
Nome: Mariana Barros Pereira
Data: 29/04/13
Professor: Darlan Montenegro
O liberalismo e a Democracia possuem um longo debate abordado por muitos autores ao longo da história. Esse debate teve seu auge nos caminhos da Revolução Francesa, em que se uniram para por fim ao, atualmente denominado, antigo regime. Mas seus conceitos em si divergem completamente, e dentre os autores que discutem esses conceitos estão Benjamin Constant e Maximilien Robespierre, que serão utilizados como base central nesse trabalho. Benjamin Constant aparece como um defensor ferrenho do governo representativo e do ideal liberal em geral. Ele começa apontando uma importante diferença na concepção de liberdade dos povos da antiguidade para a concepção de liberdade moderna. Primeiramente, a liberdade antiga estava subordinada a vontade do todo, como por exemplo: todas as ações privadas estavam sujeitas a severa vigilância; a própria decisão religiosa não era uma independência individual; mesmo as relações domésticas eram passíveis de intervenção da autoridade; e dentre outros casos. Esse tipo de liberdade é completamente contraditório à liberdade advinda da modernidade, que está relacionada ao indivíduo como ator principal em detrimento do corpo coletivo de um povo. Como por exemplo: na concepção moderna, é para cada um o direito de dizer sua opinião; de escolher seu trabalho; de dispor de sua propriedade e abusar dela; de ir e vir sem prestar conta de seus motivos; dentre outras particularidades. E, para Constant, esse indivíduo vai surgir na modernidade é através do comércio, pois foi este último que deu aos homens o forte sentimento pela independência individual, satisfazendo suas necessidades sem a intervenção da autoridade. Já antigamente essa falta de intervenção era inviável, tendo em vista que o meio de se obter riquezas não era o comércio, mas sim a guerra, que só podia ser promovida por vias da autoridade republicana.