Estado-novo e política educacional

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Almerindo Janela Afonso faz uma análise integrada da política educacional sob a ótica determinante da política pública, sendo esta comandada pelo Estado, ainda que resultante de relações complexas e contraditórias com outros segmentos sociais. Embora os indicadores mostrem uma relativa diminuição da autonomia do poder público no contexto do processo de globalização e modelo capitalista, o Estado continua sendo referência no desenvolvimento de estratégias que permitam o desenvolvimento social, econômico e intelectual dos cidadãos.
A detenção do poder nas mãos do Estado é histórica, mas vem mudando nas últimas décadas face à modernidade e ao novo conceito dado ao termo na ação que agora, integrada ao Estado, surge como a idéia de uma organização isomórfica e com mesma identidade nacional. Na construção deste Estado-nação, a escola pública foi determinante na socialização das diferentes identidades culturais que estavam fragmentadas e puderam, no âmbito da escola, ser constituídas em torno de um ideal político comum, constituindo-se como nação.
Nesse bojo, ao contribuir para a socialização, o Estado-Nação provoca a uniformidade das variantes culturais através dos processos da globalização e trasnacionalização do capitalismo gerando uma crise à medida que nem todos os Estados conseguiram assumir seus papéis nesse complexo processo de mudança. A escola também tem sua parcela de culpa quando se utiliza de uma política para igualar os indivíduos enquanto sujeitos jurídicos, ocultando desigualdades que se sobrepõem fora da sala de aula.
A violência simbólica é o fruto de uma imposição cultural e idêntitária onde a eficácia sócio-político-econômica maquia sua arbitrariedade e violência. Sendo a cidadania uma relação jurídica de posse de determinado grupo político, o acesso ao direito torna-se arbitrário e seletivo porque levar-se-á em conta a estrutura econômica e cultural do grupo aumentando o campo da exclusão social e mesmo os que se sentem incluídos por formalidade

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