Estado nacional como ideologia
A autora vem abordar que apesar da incontestável internacionalização do mundo contemporâneo, o Estado nacional ainda constitui a forma típica de articulação entre a autoridade e a solidariedade na sociedade moderna.
Segundo Bendix e Weber, a consolidação dos Estados nacionais envolveu dois aspectos distintos, porém eles se relacionam, ou seja, pela burocratização da autoridade pública e através do reconhecimento legal de direitos básicos aos membros da comunidade política. Já Tilly, vê o processo de construção do Estado como um processo caracterizado por autonomia formal, diferenciação frente a organizações não-governamentais, centralização e coordenação interna.
O Estado Nacional é também chamado de Estado-Nação, leva em consideração as pessoas que vivem no território e que possuem características singulares segundo a sua identidade (língua, religião, moeda, hino do país etc.) cultural, histórica, étnica, colocadas em prática dentro do estado.
Os Estados-Nações, ou propriamente dito países, surgiram principalmente no fim do século XVIII início do século XIX. Foram constituídos a partir do processo de industrialização original e/ou clássica com mecanismo de divisão do espaço geográfico internacional, estabelecendo uma nova configuração política e espacial, tudo isso é fruto da burguesia e revolução industrial que contribuiu para proteger o mercado de um determinado território.
Nesse contexto, quem não realizasse medidas de proteção de mercado seria incapaz de competir com produtos ingleses, então era preciso fechar o mercado. A proteção de mercado não devia se limitar apenas a fiscalizar as fronteiras, ou taxar produtos, mais do que isso, era preciso constituir sentimentos de amor à pátria (nacionalismo) em seu povo.
O nacionalismo e/ou patriotismo passou a ser desenvolvido através de vários meios, como a escola era pública e obrigatória ela conseguia atingir uma grande quantidade de crianças, as forças armadas