Estado Medieval

Estado Medieval
Os historiadores e pesquisadores reconhecem o início da Era Medieval, com a queda do Império Romano em 476. Dallari(2001,p.66) afirma que a Idade Média possui uma dupla acepção, sendo classificada por alguns como “ a noite negra” da Humanidade e glorificada por outros como um extraordinário período de criação, que preparou os instrumentos e abriu os caminhos para que o mundo atingisse a verdadeira noção do universal. Em se tratando do plano estatal, o referido autor acredita que não há dúvida de que se trata de um dos períodos mais difíceis sendo o mesmo tremendamente instável e heterogêneo. É unânime a posição doutrinária que o cristianismo, as invasões bárbaras e o feudalismo foram fatores influentes que atuaram de forma concomitantemente e em uma interação contínua na sociedade política medieval. Vale ressaltar que apesar de, durante esse período as formações políticas revelarem um intenso fracionamento do poder e uma nebulosa noção de autoridade, encontra-se presente neste momento da evolução histórica do Estado um desejo à unidade. Já o cristianismo nas palavras de Dallari(2001,p.66), será considerado a base da aspiração à universalidade. Como havia a aspiração que toda a Humanidade se tornasse cristã, era inevitável, que incluísse todos os homens, guiados pelos mesmos princípios e adotando as mesmas normas de comportamento público e particular. A Igreja, contudo objetivando o Império da cristandade vai estimular a afirmação do Império como unidade política. Porém, dois fatores inesperados acabam por influírem nos planos da Igreja; quais sejam:
1) Multiplicidade de centros de poder (que mantinham-se rígidos na cedência de sua autoridade ao Imperador);
2) Recusa do Imperador a submeter-se à autoridade da Igreja;
Há que se ressaltar que formalmente, a unidade política superior é o Império.
O desfecho da Idade Média, marcada pela luta entre o Papa e o Imperador, se dá com o nascimento do Estado Moderno (afirmando a supremacia