Estacao carandiru

580 palavras 3 páginas
Ao contrário do que se possa imaginar, Estação Carandiru é bem mais do que um livro sobre a prisão. Ele também não fala apenas sobre a violência predominante dentro da cadeia ou sobre as injustiças da lei. Nem mesmo é uma peça de acusação contra os detentos. O livro conta histórias, fala de seres humanos e destrói alguns mitos tão popularizados na mente das pessoas, como a violência, por exemplo. Obviamente ela existia, fazia-se presente no dia-a-dia da cadeia. Mas, na maior parte do tempo, ela era controlada pelos próprios prisioneiros. Isso era necessário para ter um mínimo de segurança física e pessoal de cada um. Por isso, a "legislação" interna, a palavra de honra e um certo conceito de respeitabilidade eram indispensáveis. E rigorosamente respeitados.
Estas "leis" no Carandiru eram amplas, irrestritas e universais, atingiam a todos os pavilhões e a todos criminosos. Um novato que ainda não conhecesse as regras rapidamente aprendia a respeitá-las e da forma mais dura: na pele. Por exemplo, palitar os dentes enquanto ainda havia gente comendo, era considerada uma séria falta de educação, passível de surra. Prestar atenção na mulher dos outros nos dias de visita, muito pior.
Mas Varella também não faz uma defesa dos presos. Para ele, é óbvio que criminosos devem ser punidos conforme a lei. No entanto, há diferentes tipos de crimes e, portanto, diferentes tipos de pessoas dentro de um presídio. A sociedade, em geral, coloca todos no mesmo "saco". Essa distinção que Varella não enxerga fora do cárcere, existe entre os presos. O tratamento dado aos traficantes é diferente daquele dado a um assaltante de banco, por exemplo. O crime mais detestável é, de longe, o estupro. Para o estuprador não há respeito nem perdão apenas a pena de morte. Varella conta que, certo dia, um destes criminosos viveu exatos cinqüenta minutos desde o momento em que pôs o pé na prisão.
Ao mesmo tempo, havia os casos de solidariedade a prisioneiros com problemas de saúde e um imenso

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