Especialista

2435 palavras 10 páginas
David Hume
David Hume lança mão da tese de que nossas distinções morais não são derivadas da razão, mas de um senso moral, sendo baseadas em nossos sentimentos e percepções.
Sendo assim, devemos observar como essas percepções atuam na formação desse senso moral.
O autor inicia sua argumentação por meio da negação da antítese (método apagógico), qual seja, de que os sentimentos morais seriam derivados da razão. Os que acreditam que a virtude é, na verdade uma conformidade com a razão, e o vício, uma desconformidade, consideram que apenas por meio de raciocínio seja possível distinguir entre bem ou mal morais. Ocorre que, como a moral possui influência sobre nossas ações e afetos, não é possível que um princípio inativo, inerte (razão), movimente um princípio ativo, dinâmico (afetos). A razão relaciona-se com o binômio verdade/falsidade, consistindo no acordo ou desacordo das ideias (representações) com a realidade (objeto representado). Dessa forma, como nossas paixões e ações são realidades originais, completas em si mesmas, não são suscetíveis a tal acordo ou desacordo, não sendo possível declará-las verdadeiras ou falsas. Ademais, para que a moral seja derivada da razão, seria necessário que a relação de adequação e inadequação, bem e mal morais, fosse não só eterna e imutável, mas igual para todos os indivíduos, o que não acontece.
Como nossas percepções se reduzem a dois tipos, impressões (afetos e experimentação) e ideias (conceitos e razão), não sendo a moral derivada da razão, nos leva a concluir que advém dos sentimentos. Dessa forma, a moralidade será propriamente sentida, e não julgada. Quando afirmamos ser uma ação virtuosa ou viciosa, é porque, na verdade, experimentamos uma sensação (feeling) de aprovação ou censura quanto ao ato observado, sensação essa que muitas vezes é confundida com uma ideia (razão).
Hume afirma que o sentimento que advém da virtude é agradável (prazer), enquanto o proveniente do vício, desagradável

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