escola

3677 palavras 15 páginas
cidade do Rio de Janeiro completa hoje 449 anos. Foi para combater os índios tupinambás, reunidos na Confederação dos Tamoios, que Estácio de Sá, sobrinho do governador-geral, estabeleceu um arraial no sopé do Pão de Açúcar, no dia 1 de março de 1565.

Guerreiros incontestes, bravos canoeiros, entrincheirados nas paliçadas de Uruçumirim ( o atual Morro da Glória) , os índios resistiram, infernizaram a vida dos devotos de São Sebastião, foram escravizados, combateram até o final de suas forças e foram relegados ao subterrâneo da história oficial. Quem ficou bem na fita foi Araribóia, o temiminó que converteu-se ao catolicismo, aderiu aos portugueses, virou cavaleiro da Ordem de Cristo e recebeu, por ter lutado ao lado dos europeus contra os tamoios, a sesmaria do Morro de São Lourenço, origem da cidade de Niterói. O índio embranquecido e convertido, enfim.

A Confederação dos Tamoios deve receber o mesmo tratamento que o Quilombo dos Palmares recebe como um movimento maior de rebeldia da História do Brasil. Quem quiser que comemore o aniversário da cidade. Eu mesmo farei isso tomando umas geladas. Que não se perca, porém, a dimensão da importância dos tupinambás como os valentes habitantes da Guanabara; índios brabos que morreram lutando pela terra.

A fundação da cidade marca o início da derrocada da rebelião dos índios. Estou convicto, porém, que é como os guerreiros tupinambás que temos que resistir aos desmandos dos que atentam contra nossa aldeia, macaia mestiça de festas e frestas. Quem quiser que pule de alegria e grite "salve Estácio de Sá" e "viva São Sebastião". Que me desculpem, porém, o herói português e o santo padroeiro : nós, cariocas, precisamos da valentia e do amor ao chão dos mais velhos para nos salvar.

O axé dos guerreiros tamoios vive no arraial entre o Pão de Açúcar e o Cara de Cão, venta na memória do Morro do Castelo, na Misericórdia, nas Praia de Santa Luzia, de Ramos, de Inhaúma, Flamengo, Botafogo, e Urca. Passeia na Paquetá

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