escola de chicago
A teoria ecológica, aquela defendida pela escola de Chicago, retrata o enfraquecimento do controle social informal com o crescimento urbano e distanciamento das pessoas componentes de uma comunidade. O controle social informal representa o controle realizado pelas pessoas integrantes de uma determinada comunidade, que constantemente vigiam as atitudes das outras e exercem um juízo valorativo sobre cada ato praticados por estas, e dessa forma constrange aqueles que fazem parte da comunidade à não praticarem aquilo que se julga incorreto.
Nesse controle, as pessoas vigiadas temem o julgamento que outras farão delas. Dessa forma, imaginemos um local em que todos os moradores se conhecem, cada um sabe a rotina do outro, quem são os familiares, ou seja, todos cuidam da vida de todos.
Nos locais em que a comunidade mantém as relações de convivência vivas, assim como o controle social informal, a prática do delito torna-se imensamente dificultada. Por outro lado, quando as pessoas da comunidade se distanciam e tornam-se anônimas, favorece o surgimento de atitudes delituosas.
Ante o exposto, adentrando à problemática acerca da delinquência juvenil, necessário se faz esclarecer que, o jovem, em muitas situações, quando não possui um controle familiar que lhe imponha limites e controle do seu ímpeto à prática de delitos, encontra a sociedade como um meio para frear as suas atitudes.
O fortalecimento dos laços sociais dentro de uma comunidade favorece o combate à atitude delinquente do jovem, ao cometimento do ilícito, sendo responsável pela formação psicosocial do mesmo. Deste modo, na ausência dos pais que seriam originariamente os responsáveis pela formação social do seu filho, a sociedade, paralelamente à estes torna-se um elemento fundamental para o controle social do jovem.