Enfermagem

“Papel dos factores da interacção mãe - filho no crescimento somático do recém-nascido”

Ficha de trabalho

1- ➢ Diversas competências sensórias – perceptivas do bebé.

Durante muitos anos a psicologia defendeu a tese da inaptidão cognitiva do recém-nascido. O bebé era um ser que nascia “vazio”, onde ao longo do tempo a experiência se encarregava de o preencher. Estes pensamentos filosóficos e psicológicos foram postos em causa durante muito tempo, até que se chegou à conclusão que um recém-nascido dispõe de uma certa competência que lhe permite interagir com o mundo que o rodeia, permite-lhe conhecer pessoas, manifestar-se a vários estímulos. A criança pequena dispõe de várias capacidades a todos os sentidos. Desde o momento da nascença o bebé torna-se capaz de discriminar estímulos, isto engloba a precocidade perceptual do bebé. A visão é uma competência sensório – perceptiva do bebé que este adquire ainda no interior da mãe. Segundo Horsten e Winkelman nos fetos de sete meses já são claramente diferenciados os bastonetes e os cones. Quando o bebé nasce o reflexo pupilar, a capacidade que una criança tem de orientar os olhos para um estímulo é rapidamente alcançado. Entendemos assim que todo o ser humano depois do parto encontra-se apto a experimentar sensações de carácter visual. Várias pesquisas comprovam a acuidade visual no recém-nascido. Os recém-nascidos com a sua capacidade de ver apresentam uma sensibilidade cromática que rapidamente se desenvolve, apresentando também uma periferia de contraste. A capacidade da criança para perceber padrões é através de fenómenos de atracção relativamente à visão. Muitos estudos comprovam que o bebé é muito motivado a olhar a estímulos que contenham o padrão da face humana. Uma destas experiências foi feita por Goren, Starty e Wu em 1975, onde numa sala de partos apresentaram três figuras da face humana, uma normal e as outras duas distorcidas, juntamente com vários