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Entrevista. Com um empreendedor que cria perucas no fundo de sua casa | |

| 1- Da onde surgiu a ideia? Era um sonho empreender?
R: Eu nunca pensei na possibilidade. Meu cunhado que me apresentou a ideia, ele fazia esse nível de tratamento com cabelos na Itália, me fez uma proposta pra trabalhar com ele eu achei interessante então resolvi aceitar o desafio.

2- A sociedade como foi, deu certo? Fazer perucas é uma atividade difícil? O senhor produz apenas cabelos femininos ou masculinos também?
R: Na época eu trabalhava pra ele praticamente, ele me pagava pelos serviços prestados, mas eu achei pouco, pedi um valor maior pra trabalhar com quilo e ele por medo, não confiava totalmente no meu trabalho e não aceitou minhas condições. Mexer com cabelos até hoje é um processo muito difícil, achar um produto de qualidade pra mim sempre foi o mais importante, meu fornecedor trás diretamente da Índia, então já aconteceu várias vezes de faltar, meu estoque é grande, mas os loiros saem muito e é o mais difícil de encontrar em bom estado. O cabelo é unissex, eu beneficio tanto para apliques, implantes, perucas e serve pra qualquer pessoa.

3- Fala um pouco sobre a sua história?
R: Eu tive esse impasse com meu cunhado, então resolvi caminhar com minhas próprias pernas e graças a Deus eu tive o dom de pegar as coisas sem precisar de ajuda e hoje eu estou no mercado e estou no mercado forte.

4- Quanto tempo já atua na área? O negócio vai melhorando com passar do tempo?
R: Pouco mais de 4 anos. Com certeza a tendência é sempre melhorar, é isso que vem acontecendo graças a Deus.

5- O senhor teve que usar da criatividade nas suas atividades diárias? Considera-se uma pessoa criativa por transformar verdadeiros lixos, como o senhor mesmo me disse, em cabelos lindos, impecáveis para a venda?
R: Sim, tive que usar muito da minha criatividade pra produzir matéria prima, todo o processo desse cabelo