Eletricitários

O início

A união dos eletricitários começou bem antes da sua organização em uma entidade representativa. Na década de 50, a organização dos trabalhadores em todo país ganhou muita força frente à indignação e revolta com as péssimas condições de trabalho, pressões, retaliações e baixos salários. Os eletricistas de formal geral amargavam grave situação, haja vista que sempre estiveram expostos aos ricos de acidentes graves e fatais na rede elétrica. Não recebiam o devido treinamento, não se pagavam horas extra, nem adicional noturno e a ocorrência de acidentes era comum. Com a inflação subindo e os salários defasados, as principais mobilizações eram por reajustes salariais e também por uma Previdência Social mais eficiente.
No início da década de 60, com o golpe militar, o movimento sindical passou por um momento de efervescência em suas lutas e organização. As mobilizações pela reforma agrária, defesa da liberdade e autonomia dos sindicatos, pela nacionalização dos bancos e combate à carestia eram alvos fáceis do golpe. Ninguém podia protestar, sob pena de prisão e tortura. Muitos dirigentes sindicais foram presos ou exilados e alguns desapareceram sem deixar vestígio.
O marasmo tomou conta da categoria até 1970 em função das perseguições políticas. A década foi marcada pela coragem dos sindicalistas em criticarem a ditadura e exigirem a volta da democracia. As mobilizações dos trabalhadores em todo país cresceu, quando os metalúrgicos do ABC, liderados pelo ex. Presidente Lula, então presidente do sindicato dos Metalúrgicos, realizaram greves históricas de 78 a 79, o quê incentivou outras greves Brasil a fora.
Os anos 80 foram de reestruturação do movimento sindical rumo às lutas mais combativas, na qual obtiveram grandes conquistas que beneficiaram todos os trabalhadores brasileiros, como: abono de Natal (13º salário), férias de 30 dias com