Eixo Paradigmático e Sintagmático

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Eixo Sintagmático
Na linguística de F. de Saussure, as relações sintagmáticas opõem-se às relações associativas. Os linguistas estruturalistas propuseram a distinção entre eixo sintagmático (eixo horizontal de relações de sentido entre as unidades da cadeia falada, que se dão em presença) e eixo paradigmático (eixo vertical das relações virtuais entre as unidades comutáveis, que se dão em ausência). No primeiro eixo, abrem-se as relações que pertencem ao domínio da fala, por exemplo, os elementos que constituem o enunciado Estou a ler estão numa relação sintagmática; a segunda, pertence ao domínio da língua, por exemplo, leitura está em relação paradigmática com livro, leitor, ler, livraria, biblioteca, mas apenas um destes elementos pode ser válido no enunciado produzido. Neste caso, todas as palavras podem ser comutáveis, dependendo do contexto e da natureza do enunciado. Assim, no enunciado Estou a ler podemos comutar os elementos estou a por quero, detesto, vou, sei, etc.; e o elemento ler pode ser comutado por comer, escrever, correr, saltar, conduzir, etc. Diz-se que todos estes elementos substituíveis estão em relação paradigmática. Estas relações sintagmáticas e paradigmáticas não se limitam ao nível lexical ou gramatical do signo, mas abrangem também o nível fonológico.
Eixo Paradigmático
Podemos dizer que um paradigma é a percepção geral e comum – não necessariamente a melhor – de se ver determinada coisa, seja um objeto, seja um fenômeno, seja um conjunto de ideias. Ao mesmo tempo, ao ser aceito, um paradigma serve como critério de verdade e de validação e reconhecimento nos meios onde é adotado. Paradigmas podem ser considerados regulamentos ou regras que dizem duas coisas: quais são os limites, as fronteiras da problemática com a qual se está trabalhando e como ter sucesso resolvendo questões dentro destes limites, ou seja, o paradigma é um banco de reservas da língua, é o conjunto de unidades suscetíveis de aparecer em um mesmo contexto.
Eixo de

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