Educação infantil e leis

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A responsabilidade desse atendimento não foi assumida diretamente pela Igreja nem pelo Estado. Estes estimularam de forma indireta as confrarias e irmandades, a chamada "igreja dos leigos", que assumira o assistencialismo geral aos pobres, doentes, leprosos, desvalidos e crianças abandonadas. Quanto ao Estado, sobretudo o português, limitava-se a incentivar a misericórdia, não só na forma das Santas Casas, mas em todas as formas assumidas pela caridade cristã. As irmandades compostas por homens e mulheres, cristãos leigos e piedosos estão na origem das Santas Casas de Misericórdia, que virão a desempenhar um papel importante na problemática do abandono de recém-nascidos desde o início da era moderna.
Os fundos para manutenção das Santas Casas tiveram origens diversas, predominando as esmolas em geral, individuais ou coletivas. Uma forma de obter ajuda comum às Misericórdias e a todos os conventos foi a roda, que se constituía de uma caixa cilíndrica, que girava sobre um eixo vertical. Os doadores, geralmente penitentes, colocavam na parte externa alimentos, remédios e mensagens. Quando giravam a roda, as doações eram transportadas para o interior da instituição e, dessa forma, mantinham no anonimato os piedosos. Ainda é possível encontrar exemplares desse instrumento nos raros mosteiros de religiosas enclausuradas, como, por exemplo, os mosteiros das Irmãs Concepcionistas de Bauru (SP) e Ponta Grossa (PR).
Esse artefato, primeiro raramente e depois com mais freqüência, passou a ser utilizado por "uma mãe pobre que colocava o filho nessa roda, confiando na caridade das freiras para que criassem o bebê". O aumento significativo dessa prática levou à criação de rodas especialmente para receber crianças, mais tarde conhecidas como "rodas de expostos". Anteriormente, os recém-nascidos eram abandonados em lugares não ermos, onde havia grande possibilidade de serem recolhidos. Aqui também se mantinha a expectativa, criada pela caridade cristã ou motivações de outra

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