Educação de jovens e adultos
O adulto para o EJA não é o estudante universitário, o profissional qualificado que frequenta curso de formação, ele é geralmente migrante que chega às grandes metrópoles procedentes de áreas rurais empobrecidas, filhos de pais não qualificados e com baixo nível de introdução escolar. E o jovem recentemente incorporado ao território da antiga educação de adultos, não é aquele com história de escolaridade regular.
Refletir como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto, passar por pelo menos três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de “não crianças”, a condição de excluídos e a condição de membros de determinados grupos culturais.
Os processos de construção de conhecimento e de aprendizagem dos adultos são, assim, muito menos explorados na literatura psicológica do que aqueles referentes às crianças e aos adolescentes. E a compreensão da psicologia do adulto pouco escolarizado, objeto de interesse da área de educação de jovens e adultos, acaba sendo uma contraposição a essa estereótipo.
O primeiro traço cultural relevante para esses jovens e adultos, especialmente porque nos movemos, aqui, no contexto da escolarização, é sua condição de excluídos da escola regular. Um segundo ponto a ser mencionado, no que diz respeito especificidade dos jovens e adultos como sujeito de aprendizagem relacionado ao processo de exclusão da escola regula, é o fato de que a escola funciona com base em regras específicas e com uma linguagem particular que deve ser conhecida por aqueles que nelas estão envolvidas.
Segundo Marta Durante (1998) a alfabetização de jovens e adultos é um campo complexo porque envolve