educaçao
Valéria Aroeira Garcia
Doutoranda Faculdade de Educação da Unicamp
Práticas Escolares e não-escolares e Organizações Alternativas
Segundo Jaume Trilla (1996), o termo educação não-formal começa a aparecer relacionado ao campo pedagógico concomitantemente à uma série de críticas ao sistema formalizado de ensino, em um momento histórico compreendido como crise do sistema escolar, em que este começa a ser percebido (não só pelo campo pedagógico, como também por diferentes setores da sociedade mais ampla como serviços sociais, a área da saúde e outros) como impossibilitado de responder à todas as demandas sociais que lhe são impostas, delegadas e desejadas. A educação, durante muito tempo foi confundida com escola e ambas as palavras eram, muitas vezes, compreendidas como sinônimos. Atualmente, a compreensão vem se modificando, e podemos perceber tal feito até pelo número de adjetivos que vêm sendo colocados junto à palavra e ao contexto educacional, como: educação para a saúde, para o trânsito, ambiental, social e tantos outros.
É característico da educação não-formal, um outro jeito de organizar e perceber a relação ensino-aprendizagem, educador/educando, produção de conhecimento no processo educacional. Uma dessas características é a importância e relevância das ações da prática e dos saberes e fazeres cotidianos.
O movimento da educação não-formal se deu através da existência de diferentes práticas que eram mediadas por relações educacionais, mas que não eram consideradas como educação por não obedecerem a uma série de requisitos formais, mas que, na prática estavam construindo diferentes modos de vivenciar e compreender o processo ensino-aprendizagem.
Entre os fatores importantes para o surgimento da educação não-formal, estão tanto as mudanças ocorridas na estrutura familiar burguesa, quanto aquelas resultantes das modificações nas relações próprias do trabalho. As quais chamam atenção por demonstrarem como a