Educaçao

Compromisso do profissional com a sociedade
O autor apresenta uma introdução um tanto obscura ao tentar elucidar seu leitor na introdução do capítulo. Desta forma, ele tenta elucidar sobre a parte conceitual relacionada com o tema e sobre as relações semânticas entre as palavras do mesmo. Tenta concluir e convencer o leitor que as palavras, por si próprias, designam um enunciado de subordinação entre si e, portanto, de determinantes e determinados. Assim, compromisso só existe, pois pertence a alguém e ele por si mesmo não tem força semântica sozinho.
A partir da sua introdução, Paulo Freire orienta o capítulo tentando provar suas teses semânticas sobre o que é compromisso, o fato de que o ser humano já possui compromisso por sua própria existência, sua capacidade de agir e refletir. A partir dessa lógica, Paulo Freire demonstra que o indivíduo que não consegue refletir e agir no mundo é passível à submissão e inação. Releva também a importância de ter consciência da sua consciência condicionada, o que faz com que ele não tenha controle algum sobre seus atos e não consiga criar mudanças no seu meio, pois somente se comporta de forma a reproduzir o sistema já existente e a manter as estruturas ideológicas de valores por gerações de “estabelecido” e “outsider”.
Freire também ressalta sobre a questão da inabilidade da abstração da realidade, de vincular a um compromisso. Isso demonstra a questão da exclusão em que vivemos hoje, onde muitas pessoas ficam absortas e incluídas no sistema e, quando há um questionamento sobre o comportamento, elas consideram o fato irrelevante. Agem como se fossem um “gás inerte”. “O ser imerso nele somente está em contato com ele. Seus contatos não chegam a transformar o mundo, pois deles não resultam produtos significativos, capazes de (inclusive, voltando-se sobre ele) marcá-los”.
Freire elucida que o homem é um ser histórico e somente ele é capaz de comprometer-se. Há a necessidade de que o homem seja empreendedor “com a capacidade