EDITORIAL

335 palavras 2 páginas
O rombo do fator previdenciário
Em teoria, a aprovação da MP 664 que deverá possibilitar que pessoas que começaram a trabalhar cedo também consigam se aposentar cedo é uma conquista. Na prática o temor é que estas mudanças ocasionem um rombo no INSS a longo prazo.
Esta seria uma conquista aplaudida por muita gente. Não só por aqueles que estão prestes a se aposentar, mas por aqueles que almejam chegar nesta fase da vida o quanto antes. No entanto, antes de apresentar a medida, talvez fosse preciso criar mecanismos para que isso não acarretasse em aumento da carga tributária. Dizem que o que está ruim não pode piorar, mas parece que quando o assunto é imposto sempre se tem um jeitinho brasileiro de deixá-lo cada vez mais pesado. O Brasil já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e caso aumente os benefícios, o temor da população é que os impostos também aumentem.
Infelizmente é fato, para as contas públicas, essa Medida Provisória (MP 664), vai significar mais despesas. Na formula atual, o fator previdenciário reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos (nos casos de homens) ou 60 (mulheres). Já com a nova formula 85/95, o trabalhador se aposenta com proventos integrais se a soma da idade e do tempo de contribuição resultar 85 (mulheres) ou 95 (homens).
A população acima dos 60 anos já corresponde 12% da população e, em 2050, a estimativa é que essa faixa seja de um terço dos brasileiro. Acontece que mesmo sem as alterações no fator previdenciário especialistas já estimam o déficit na Previdência Social nos próximos anos. Com a aprovação desta medida, o déficit poderá dobrar. Quem vai pagar a conta pela falta de planejamento?
Infelizmente serão todos nós. A geração atual que talvez não seja agraciada com este benefício, e as gerações futuras que, mesmo que esta medida não seja aprovada pela Presidente Dilma, vão pagar altos tributos para ter garantida a aposentadoria.

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