Economina imbiliaria

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INTRODUÇÃO
Após a bonança da última década, o mercado imobiliário ainda não decolou em 2014 e já amargou, por duas vezes, crescimento abaixo da inflação. Isso significa que os imóveis estão valorizando pouco e que o dinheiro investido está sendo corroído pela alta dos preços. Para economistas ouvidos pelo R7, o ideal é deixar mais para frente para comprar um imóvel — ou, então, pechinchar muito e fazer o preço cair.

Menos compradores, inflação em alta, consumidores inseguros e instabilidade econômica estão entre os fatores que causaram esse esfriamento no mercado. Segundo economistas, para quem busca comprar um imóvel, a palavra da vez é “cautela”.

José Kobori, coordenador de MBA Finanças do Ibmec/DF, explica que o mercado imobiliário vem estabilizando os preços desde o ano passado. Mas, a partir de agora, com oferta ainda elevada e queda na procura, a tendência é que os preços baixem ainda mais.

— Se você olhar numa perspectiva de ciclos, nós estamos no fim do momento de alta e entrando no momento de baixa. Por isso, no momento, investir em imóveis não é recomendável.

A economista da FGV/Ibre, Ana Castelo, por outro lado, não acredita em queda nos preços, mas afirma que não dá mais para falar de “maneira genérica” em bom investimento quando o assunto são imóveis.

— Comprar na planta, agora, é um péssimo negócio, pois os imóveis não estão mais subindo como antes. O aumento dos últimos anos não existirá mais. Então, depende muito do negócio.

Segundo os especialistas, ainda não é possivel saber se os preços vão cair ou se estabilizar. Mas já dá para afirmar que os valores não subirão mais como antes, como prova o Fipezap, indicador que mede o valor médio do m² em 16 cidades brasileiras.

Em fevereiro, nove cidades apresentaram alta de preços abaixo da inflação. Já em março foram 12 dentre as 16 pesquisadas, indicando que o movimento está se espalhando. Apenas Rio de Janeiro, Niterói, Fortaleza e Vila Velha registraram alta acima da inflação

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