economia

8362 palavras 34 páginas
Janina Onuki foto: agência fotograma
Os últimos 15 anos da relação bilateral Brasil-Argentina têm sido marcados pela tônica da cooperação. Fato inédito se pensarmos no histórico conflituoso das décadas anteriores, quando ambos disputavam a hegemonia política na América do Sul. Esta aproximação que tem início nos anos 80, favorecida pelo retorno dos regimes democráticos, se aprofunda com o aumento significativo do comércio intra-regional e a mobilização de vários setores representativos dos quadros políticos e econômicos dos respectivos países que respondem positivamente às iniciativas diplomáticas.
O acordo assinado entre os Presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín em 1985 marca o início de uma nova fase para o continente, em que integração e democracia passam a caminhar juntas, abrindo novas perspectivas para a retomada do sonho de Simón Bolívar, da integração da América Latina. Isso porque a parceria Brasil-Argentina sempre foi percebida como um eixo fundamental para a aproximação dos demais países latino-americanos.
E houve avanços nos últimos anos, no sentido de um maior entrosamento entre os países da América do Sul e Comunidade Andina, da evolução do debate sobre o projeto de integração hemisférica e, sobretudo, do compromisso em manter a relação bilateral Brasil-Argentina como prioridade das agendas de política externa de ambos os países.
Este cenário, extremamente favorável à cooperação, definiu as bases para a assinatura do Tratado de Assunção, acordo com Paraguai e Uruguai, que criou o Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1991. Este novo processo de integração tinha por objetivo responder, de forma mais afirmativa, à imprevisibilidade do novo cenário internacional pós-Guerra Fria, e garantir a estabilidade dos países do bloco, ampliando seu poder de negociação nos vários fóruns internacionais.
Os quatro primeiros anos do Mercosul reafirmaram, de forma definitiva, a cooperação Brasil-Argentina. Os resultados positivos que o bloco conquistou neste

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