Economia cafeeira e açucareira

As duas economias apresentavam características bastantes distintas no que tange a organização da produção. A economia açucareira é caracterizada pela necessidade de um grande capital inicial e para a manutenção. Isso ocorre porque os engenhos utilizavam máquinas importadas e escravos, principalmente, africanos. Com uma média de 125 escravos africanos (fora indígenas) para cada engenho, é correto afirmar que apresentava alta intensidade de mão-de-obra. A economia pecuária, por sua vez, apresentava uma baixa intensidade de mão-de-obra e capital.
Admiti-se que a relação seja de 1 para 50 entre a população e a animal, assim fica evidente o por que da necessidade de mão-de-obra nao ser grande. Como na pecuária o tipo da mão-de-obra era escrava indígena ou de homens livres no qual trabalhavam na fazenda para no futuro ganhar parte da produção, não era necessário a aplicação de capital para a manutenção da atividade. A economia pecuária estava diretamente ligada a economia açucareira, foi através da segunda, que a primeira surgiu. Como o governo português pribiu a criação de gado na faixa litorânea –provavelmente devido as constantes penetrações dos animais nas plantações- era necessario existirem fazendas de criação de gado no interior do continente. Como a pecuária era basicamente para a subsistência, a medida que a economia açucareira foi crescendo e necessitando de mais mão-de-obra, a primeira também cresceu. A economia açucarei começa a declinar no século XVII, devido a competição com a produção das ilhas caribenhas. Apartir dai, ela nunca voltará a ser o que era antes e carregando com si a economia pecuária uma vez que a segunda era altamente dependente da primeira. As exportações de açucar tinham caído imensamente, já a produção pecuária estagnou. Isso ocorreu uma vez que a produção do gado era para a subsistência da população da colonia, o mercado externo não o afetava diretamente, ao contrário do açucar que era um produto voltado para a