ECONOMIA AGRÍCOLA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
ECONOMIA AGRÍCOLA – PROFESSOR BENJAMIM

VÂNIA CRISTINA OLIVEIRA COELHO

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Resumo dos Textos

SÃO LUÍS – MA
2013
A QUESTÃO AGRÁRIA E AS INTERPRETAÇÕES EXISTENTES - Servilha

Nesse texto, o autor faz um estudo sobre o desempenho da agricultura e suas relações com o desenvolvimento do Brasil, tratando do atraso que caracteriza uma parcela significativa da agricultura brasileira. No entanto, para Servilha, há uma divergência quando se trata de analisar as relações desse atraso com o desenvolvimento do país, englobando três grupos distintos: o primeiro que vê a agricultura como um entrave, ou seja, como um dos principais responsáveis pelo atraso e subdesenvolvimento do país; o segundo, que discorda da primeira visão e, ao contrário, afirma que a agricultura atrasada é funcional, uma vez que tem cumprido as suas funções no processo de desenvolvimento econômico; e o terceiro grupo que analisa a agricultura à luz da acumulação do capital, enxergando-a a partir da sua vinculação com a reprodução das relações sociais dominantes, no caso brasileiro, as relações capitalistas de produção. Assim, o autor se preocupa em analisar as condições históricas que determinam as formas concretas de dominação do capital na agricultura brasileira, ou melhor, faz a análise da inserção da agricultura na expansão do capitalismo brasileiro.
Servilha escreve que os primeiros estudos sobre a questão agrária brasileira procuravam discutir as condições de vida da população no meio rural. Segundo ele, a partir dos estudos de Caio Prado Júnior, a estrutura agrária brasileira, decorrente da exploração agromercantil, teria provocado a existência de um acentuado dualismo, onde tem-se as atividades rurais que objetivam um produto de alta expressão comercial, de um lado, e de outro, a população trabalhadora que participa dessa estrutura com fonte efetiva ou potencial de mão-de-obra.