Durkheim

Considerado o sistematizador da sociologia, Émile Durkheim defendia a teoria do funcionalismo da sociedade, corrente que afirma que as consciências individuais são formadas pela sociedade, sendo oposta ao idealismo, de acordo com o qual a sociedade é moldada pelo "espírito" ou pela consciência humana. Estuda a relação entre as funções exercidas por cada parte da sociedade para manutenção do equilíbrio social.

Segundo Durkheim, "A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento - que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela". "Todo o passado da humanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas que dirigem os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são próprias”.
Durkheim via a sociedade como um corpo em funcionamento onde todos tem sua função e com a realização das funções individuais de cada componente o todo era concretizado. Seu objeto de estudo era o fato social, todos os acontecimentos que se podem analisar. Acredita que o indivíduo é subordinado à sociedade, sendo ele agente passivo da maneira de vida imposta pela mesma, sempre defendendo o consenso e a ordem desacredita em transformações tornando-se assim conservador, conformista.

Sua produção teórica baseava-se na negação do capitalismo, tendo como objetivo compreender a sociedade capitalista. Afirma que para produzir um conhecimento científico, mais próximo da realidade é necessário seguir um método. "A ideia de fundo é colocar as pessoas certas nos lugares certos, onde a comunidade precisa”. Acreditava também que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.