Douglas Sirk

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No restante do mundo, ele não tem muita reputação, a ponto de ser ignorado, mas na França, é considerado um grande artista, o rei do melodrama. Porém, é fato que os sete filmes melodramáticos que dirigiu, fazem de Sirk um gênio. Dinamarquês, nascido sob o nome Detlef Sierck, o qual trocou ao chegar em Hollywood, fugitivo da Alemanha, onde passou sua adolescência e parte da vida adulta, e do nazismo.
De amante do teatro a diretor do Kleisner Theater, em Hamburgo, Douglas Sirk é, um tempo depois, contratado pela UFA, no qual filma melodramas ou musicais que atingem certo nível de repercussão. Tem em dois de seus filmes, Recomeça a Vida e La Habanera, a diva da época, Zarah Leander.
Antes de chegar nos Estados Unidos, Sirk produziu filmes na Holanda e na França, estreando com O Capanga de Hitler, que não teve muito sucesso por ter coincidido com o lançamento de um outro filme, Os Carrascos Também Morrem. Já no continente americano, sua carreira torna-se errática, levando-o a uma crise. Seus filmes não têm mais a consistência que os produzidos na Europa tinham, tampouco identidade.
Porém, em 1954, Sirk lança a série Magnificent Obsession com sete melodramas que definiu seu status como o gênio do melodrama. Magnificent Obsession e Imitation of Life foram refilmagens de John M. Stahl, denominado como príncipe do melodrama.
Para os críticos, apesar de ótimas refilmagens, ambos os filmes não mostram o melhor do diretor. As obras que melhores definiram Sirk, foram Palavras ao Vento, Almas Maculadas, e Amar e Morrer, que fascinou Godard por anos. Esses filmes tem um lirismo superior ao melodrama e acaba submetendo a família a um rigoroso exame.
Tal gênero é vítima de um preconceito que até hoje existe, e por isso muitos críticos desprezaram os melodramas de Douglas Sirk, mas teve os outros que notaram a mensagem que Sirk passava por meio dos códigos de tal gênero, subvertendo um conceito de família que era o sonho americano. Para o diretor, o ideal era uma tragédia

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