Dotação

Ao longo deste capítulo pretendemos comparar e clarificar uma temática, específica da Gestão de Recursos Humanos, a dotação. Esta é abordada em todos os artigos sendo, especificamente, mais explorada no artigo 3.
O nosso quotidiano é caracterizado por uma sociedade dita organizada, vivemos assim numa civilização que se manifesta numa plêiade de organizações, assumindo-se estas como a forma mais racional, económica e eficiente do agrupamento social.
A organização cria um poderoso instrumento social, através da coordenação de grande número de pessoas, ou seja, combina o pessoal e os recursos, ao reunir líderes, especialistas, operários, máquinas e matérias-primas.
Numa sociedade de organizações (como a nossa) tornou-se vital e indispensável a Administração, pois vivemos numa época de grande complexidade, mudanças e incertezas. Nenhuma organização pode ter um plano de trabalho, por mais racional e tecnologicamente perfeito que, possa ser executado com eficiência sem ter em conta os Recursos Humanos (Frederico et al., 1999 p. 109).
Deste modo, também na Enfermagem a Administração tem um papel fulcral. Realizar a dotação, “operação realizada com o propósito de estabelecer de forma quantitativa as pessoas necessárias para preencher determinado posto” (Banderas cit. por Meza-Galván, 2009, p. 154), destes Profissionais de Saúde constitui a etapa inicial do processo de provimento de profissionais, que têm por finalidade a previsão da quantidade de funcionários por categoria, requerida para atender, directa ou indirectamente, às necessidades de assistência (Kurcgant et al, 1991).
No artigo são referidos alguns dos factores que influenciam a Gestão de Recursos Humanos na área da Saúde, nomeadamente, os avanços científicos e técnicos, o perfil epidemiológico, as características dos profissionais e o contexto social, político e cultural dos serviços de Saúde (Meza-Galván, 2009). Outros critérios associados são também: motivação dos Enfermeiros, estrutura organizacional,