dom casmurro

Dom Casmurro, publicado no ano de 1899, descreve o ciúme de um homem, o advogado Bento Santiago por sua mulher, Capitu. Trata-se de um romance sobre um homem que não pode suportar que sua mulher seja mais independente do que ele, pois seu machismo e seu orgulho falam mais alto do que essa quase história de amor. O livro começa sua narrativa em 1857, quando Capitu tinha apenas 14 anos. Em 1865 ela casou com Bentinho. Tiveram um filho que era a cara, o corpo, o jeito e o modo de falar de Escobar, amigo e companheiro fiel do marido. Nos cinco anos que Bentinho estudou Direito em São Paulo, no largo de São Francisco, dos 18 aos 22 anos, Capitu continuou no Rio, em encontros freqüentes com Escobar. Escobar era experiente e desenvolto a ponto de afagar a idéia de convidar a mãe do amigo,uma bela viúva, a casar com ele, apesar da diferença de idades. O adultério tornou-se impossível na vida comum. Capitu se foi para a Europa, com o filho Ezequiel. Anos mais tarde, já moço, voltou para encontrar Bentinho. Ezequiel ia crescendo e nele podia ver Escobar quando era mais novo. Bento via no filho o jeito de andar, rir, conversar, e comer do amigo morto. O ciúme e a dúvida de uma traição que se comprovava na igualdade de Ezequiel com Escobar pôs fim na família Santiago. Bento se mantinha longe,e Ezequiel acabou indo para um colégio de onde só voltava aos sábados. E era nos dias de sua volta que Bento fugia de casa, mas quando ia ver o filho, mais ele tinha certeza da traição que sofrera.
Esse processo de escrita tem a intenção de atribuir ao leitor o papel de explicar a maior dúvida de Bentinho: teria sido traído pela esposa com seu melhor amigo, Escobar, ou não? Ao final da narrativa, percebemos que carregamos a mesma dúvida de Bentinho, pois não conseguimos provar a culpa ou inocência de Capitu. Essa dúvida persiste porque o narrador tanto fornece indícios da existência do adultério quanto da pureza do comportamento da esposa. Entretanto, ele procura de todo