Doenças e agravos não transmissíveis

Doenas e agravos no transmissveis DANT A partir das ltimas quatro dcadas do sculo passado, seguindo tendncia mundial, tm-se observado, no Brasil, processos de transio que produziram, e ainda produzem importantes mudanas no perfil das doenas ocorrentes na populao. A chamada Transio Demogrfica, um desses processos, resultou em significativa diminuio das taxas de fecundidade e natalidade, no aumento progressivo da expectativa de vida e da proporo de idosos em relao aos demais grupos etrios (MALTA, Deborah Carvalho et al, 2006). Na primeira metade do sculo 20, as Doenas Infecciosas Transmissveis eram as mais freqentes causas de mortes. A partir dos anos 60, as Doenas e Agravos No Transmissveis- as DANT- tomaram esse papel.Entre os fatores que contriburam para essa transio epidemiolgica esto o processo de transio demogrfica, com queda nas taxas de fecundidade e natalidade e um progressivo aumento na proporo de idosos, favorecendo o aumento das doenas crnico-degenerativas (doenas cardiovasculares, cncer, diabetes, doenas respiratrias) e a transio nutricional, com diminuio expressiva da desnutrio e aumento do nmero de pessoas com excesso de peso (sobrepeso e obesidade) (MINISTRIO DA SADE,2005). Estimativas da Organizao Mundial da Sade (OMS) apontam que as doenas e agravos crnicos no transmissveis (DANT) so responsveis por 58,5 de todas as mortes e por 45,9 da carga total global de doenas expressa por anos perdidos de vida saudvel. No Brasil, mortes por doenas respiratrias, cardiovasculares, cncer e diabetes, entre outras, somaram 62,8 das mortes documentadas em 2004. Tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcolicas, obesidade, consumo excessivo de gorduras saturadas, ingesto insuficiente de frutas e hortalias e inatividade fsica so os principais fatores de risco modificveis responsveis pela maioria das mortes por DANT e por frao substancial da carga de doenas em razo dessas enfermidades, de acordo com a OMS (BERTO CARVALHES MOURA, 2010). A etiologia mltipla das DCNT no