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Previdência Social: construção da prática do Serviço Social

Inaugurado um dos percursos institucionais mais instigantes, o exercício profissional do assistente social, no campo previdenciário, teve início na década de 1940, em um contexto de afirmação e expansão dos institutos de seguro social. Em tal percurso, produziu-se ao longo de seis décadas, um rico painel de expressão desse segmento, com seus vieses tradicional, conservador e crítico, passíveis de serem cortejados, conjugando posturas de engajamento institucional, defesa e afirmação desse espaço sócio-ocupacional e, especialmente, a partir da década de intervenção pautada no projeto ético-político hegemônico da categoria. Compõe o legado dessa cultura profissional uma farta documentação normativa formada por artigos, resoluções, portarias, ordens de serviços que, em comum, demarca a institucionalização da profissão na Previdência Social. No seu conjunto, parte desse material se encontra, constituindo tarefas importantes a organização e a análise desse acervo. No período de 1944- centrando na tarefa primordial de humanizar a relação sujeito-instituições , até 1944, destaca-se três importantes documentos-parâmetros da ação profissional do assistente social na Previdência: os Planos Básicos de Ação do Serviço Social – PBA, de 1972 e 1978 e a Matriz Teórico-Metodológica do Serviço Social na Previdência Social, de 1994. No projeto profissional do assistente social, refletindo como esses profissionais engendraram suas leituras da realidade social e cravaram suas respostas às demandas institucionais e dos usuários, por eles identificadas como postas ao desempenho de sua competência técnica.

Realidade sócio-ocupacional do Serviço Social na Previdência (1976-94)

Politicamente foi marcada por fortes inflexões: um longo período de ditadura, seguido por um tenso processo de redemocratização (que produziu importantes movimentos como o da Anistia e o das Direitas Já); novas expressões de movimentos