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Percebe se que a linguagem pode ser usada como meio de descriminação social e exclusão social. Interessante seria descobrir quais são esses mecanismos que levam as pessoas a discriminar outros por sua maneira de falar . O português padrão seria aquele modelo de língua idealizada que as pessoas aprendem na escola que vem codificado nas gramáticas. E, como ninguém fala exatamente esse padrão todas as formas que realmente existem na sociedade são considerados não padrão. Então, é um confronto que a gente faz entre o modelo de língua, uma língua idealizada, e à realidade dos brasileiros.
Do ponto de vista linguístico todas as maneiras de falar se equivalem todas as formas de falar atendem as necessidades dos falantes. A superioridade é apenas uma construção cultural e social, as pessoas acham que uma determinada maneira de falar por ser falada outros empregada pelas classes privilegiadas da sociedade é superior, então essa superioridade só existe do ponto de vista da hierarquia social o modo de falar das pessoas que estão, digamos assim, no poder é que acaba se constituindo na forma mais prestigiado da sociedade. Mas do ponto de vista linguístico todas as maneiras de falar se equivalem.
Cada indivíduo na hora de usar a língua faz diferença de uso de acordo com o contexto com a situação com a familiaridade com a pessoa com quem está interagindo . A missão da escola é levar os alunos a se apoderar das formas prestigiadas de falar e de escrever, agora isso tem que ser feito sem discriminar a fala original sem fazer qualquer tipo de atitude preconceiuosa com a variedade linguística que o aluno já traz para a escola trata - se de acrescentar a bagagem cultural dele aumentar o seu repertório linguístico e não substitui uma forma considerada errada por uma forma supostamente certa.