Doação de orgãos

12286 palavras 50 páginas
Introdução

Nas últimas décadas, a medicina desenvolveu um arsenal tecnológico que tornou possível a reparação e substituição das funções dos órgãos e a utilização de próteses externas e internas. O transplante permitiu manter com vida um grande número de pessoas vítimas de doenças que outrora não tinham possibilidade de sobreviver aos episódios de agudização.
Para o desenvolvimento técnico-científico dos transplantes e o consequente sucesso dessa modalidade terapêutica, é necessária a obtenção de órgãos. O transplante pressupõe a extração de órgãos “vivos” de corpos humanos sem vida (doador). No caso dos indivíduos em morte encefálica, seus órgãos substituirão os órgãos ineficientes de outra pessoa (receptor). Contudo, esse cenário apresenta novos conflitos na relação humana entre o potencial doador, o profissional, o familiar e o receptor.
Embora o número de transplantes tenha aumentado, a escassez de órgãos continua sendo um dos maiores obstáculos às equipes transplantadoras em todos os países, pois a demanda por transplantes vem aumentando em escala maior que a efetivação de doações, fazendo com que as listas de espera se ampliem.
O profissional de saúde tem uma ação relevante na obtenção de órgãos, e isso se confirma na atuação da Organização Nacional de transplantes da Espanha, que apresenta o maior número de doadores por milhão de habitantes do mundo. Tão grande êxito foi possível apoiando-se na função dos coordenadores de transplantes, que são profissionais treinados para a detecção dos doadores e com habilidades para manejar o complexo processo de doação e transplantes.
Contudo, neste texto pretendeu-se discorrer sobre os conflitos éticos no processo de doação de órgão para transplantes a partir da perspectiva do profissional, enfermeiro, que trabalha na captação de órgãos para transplantes.
Os conflitos aqui apresentados constituem grande parte dos resultados da dissertação intitulada “Sofrimento e contradição: o significado da morte, do morrer e

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