Do conflito à atualidade do marxismo

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O projeto científico da modernidade ocidental foi construído em bases eurocêntricas, racistas e colonialistas. A explícita imposição da cultura ocidental diante dos povos recém “descobertos” foi feita não só por meio da força, como também por uma série de idéias que legitimavam a exploração dos povos não ocidentais.
As ciências sociais surgiram com bases evolucionistas e eurocêntricas, ajudando a construir uma base ideológica para legitimar a dominação. Surge, então, a classificação por meio das raças, como por exemplo: índios, negros, brancos, mestiços, etc., que, em si, continham uma clara hierarquização, tendo o homem branco (europeu) o lugar de destaque nesta escala.
No texto de Josias de Paula sobre “o colonialismo no coração da teoria crítica”, o autor dá destaque à obra de Marx, apontando aspectos dos eurocentrismo e do colonialismo dos escritos do alemão.
No texto de Marx sobre “a dominação britânica na Índia”, Josias nos mostra a posição do autor alemão favorável à colonização do país asiático, com a justificativa de que tal dominação se fez necessária para o processo de superação do atraso em que se encontrava a Índia, mesmo reconhecendo a fato de tal superação ter sido imposta por meio do imperialismo colonialista britânico. Segundo Josias, em Marx o capitalismo tem a função, no processo histórico, de criar as bases para a sua própria superação, portanto a dominação se faz necessária.
O momento histórico vivenciado agia fortemente na produção de Karl Marx. Neste período, a expansão ocidental, bem como o rigor científico agiam no modo de pensar deste autor.
Tendo a épistemé ocidental como base de sua construção teórica, Marx sofre influencia do universalismo hegeliano. Tal universalismo se caracterizava na crença no evolucionismo, na humanidade em constante evolução guiado em sentido á razão. Com o processo de expansão ocidental outro ponto de influencia foi as chamadas leis do movimento da sociedade, situando-se na infra- estrutura econômica, e

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