dkasper

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“Vocês não conseguem ouvir esses gritos amedrontadores que habitualmente chamam de silêncio?"

Qual é a verdadeira essência da natureza humana? Este questionamento vem intrigando os estudiosos das ciências humanas e inicialmente a Filosofia, desde os tempos mais remotos. Fazendo uma menção que tomo de empréstimo da Sociologia, esta assevera que o homem somente se constitui como tal quando interage com o meio social, ou seja, a sociedade é determinante na formação do indivíduo, dando-lhe os referenciais necessários para uma vida completa.

E se o ser humano é desprovido da convivência social? Como se constituirá a sua vida? Mesmo vivendo isolado do contato com outras pessoas, seria possível o desenvolvimento das potencialidades e habilidades ditas humanas? Partindo destes e de outros questionamentos que vão surgindo ao longo das pretensas respostas é que colocamos como fruto de análise do caso real de Kaspar Hauser. Um menino que apareceu pela primeira vez numa praça de Nuremberg (Alemanha), em 26 de maio de 1828.

O fato da população de uma cidade ter encontrado um jovem abandonado já é motivo de espanto, uma vez que ninguém sabia quem era ou de onde vinha. Mas, alguns sinais iam revelando aos poucos quem era aquele estranho. O menino trazia uma um pequeno livro de orações, entre outros itens que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza. Mas, numa carta de apresentação anônima para o capitão da cavalaria local causou perplexidade o detalhe de que ele fora criado sem nenhum contato humano, em um porão, desde o nascimento até aquela idade (provavelmente 15 ou 16 anos) e pedindo que fizessem dele um cavaleiro como fora seu pai.

Ele próprio se vê, de repente, num mundo estranho. O caso foi mostrado no filme de Werner Herzog, "Jeder für sich und Gott gegen alle" (em língua portuguesa, “Cada um por si e Deus contra todos”), de 1974, lançado no Brasil com o título "O Enigma de Kaspar Hauser". O filme mostra Kaspar Hauser na praça de

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