Diversidade

Libras
Mesmo sem som, a Libras (sigla da língua de Sinais Brasileira) também tem variações regionais, a ponto de ser possível identificar um surdo do nordeste ou do sul só com base no seu gestual.
Nesse universo sem sons, há gírias, regionalismos e até mesmo o que podemos chamar de sotaques entre deficientes auditivos de regiões diferentes, mas que adotam a mesma gramática gestual adotada pelas Libras. De fato, determinados termos possuem variações maiores ou menores quando "pronunciados" por gestos. Só a palavra "abacaxi", por exemplo, tem ao menos cinco sinais diferentes em todo o país, com pequenas mudanças. A configuração de mão, o movimento propriamente dito e as expressões faciais e corporais essa variedade lingüística dos sinais ocorre, em alguns estados, é como se houvesse uma "pronúncia" diferente. É um tipo de sotaque, só que sem som, é um dizer sem falar.
Vemos também que os surdos do Rio de Janeiro costumam usar muito o alfabeto manual na comunicação. Ou seja, no lugar do sinal, em muitas situações, o termo é soletrado. Característica que não é típica dos usuários de São Paulo.
Já os surdos do Norte do país se apóiam bastante nas expressões facial e corporal. O tamanho do sinal é maior, ocupa mais espaço. Mas essa diferença não tem implicação no significado do sinal.
Outra diversidade que podemos analisar sãos sinais usados por jovens surdos e surdos idosos existe grandes mudanças na forma e no conteúdo dos sinais, por vezes até condenados pelos mais velhos que se orgulham de utilizar "sinais puros", sem a interferência do português, tal como o fazem as gerações atuais, isso se da ao fato de que, no passado os sinais eram passados de geração em geração e hoje, com o atual cenário educacional houve uma revolução na cultura surda, pois o ambiente escolar, além de permitir ao estudante o contato com os sinais possibilita a criação dos novos sinais. Há, sim, uma tentativa de padronização das associações de apoio ao surdo. Há muitos sinais que já