Ditadura

3626 palavras 15 páginas
Organização do Primeiro Seqüestro

Em 1969 veio a resposta definitiva do AI-5 sobre os líderes da resistência ao regime militar. Muitos foram presos e torturados. A Operação Bandeirantes (Oban), deflagrada por todos os órgãos repressivos das polícias e das forças armadas, prendia, torturava e desaparecia com aqueles que consideravam subversivos ao regime. Os militares, cada vez mais à vontade no poder, estavam longe de qualquer redenção ou volta à caserna. Esta posição ficou clara quando o então presidente, marechal Artur da Costa e Silva, foi afastado da presidência em 31 de agosto, em conseqüência de uma isquemia que o levaria à morte alguns meses depois. O então vice-presidente, Pedro Aleixo, um civil, foi impedido de assumir a presidência e submetido à prisão domiciliar. Uma junta militar assumiu o poder, até que se elegesse de forma indireta, outro presidente militar.
Foi no cenário desta confusão política que se planejou e executou uma das maiores ações da história recente do Brasil, o seqüestro ao embaixador norte-americano Charles Elbrick. A ação foi desencadeada para acontecer em setembro, durante as comemorações da Semana da Pátria, considerada um ícone do regime autoritário.
Antes de surgir a idéia do seqüestro, Stuart Angel Jones e Cláudio Torres, membros da organização de esquerda Dissidência da Guanabara, nascida das divergências dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que se opunha à luta armada; e Paulo de Tarso Venceslau, da Ação Libertadora Nacional (ALN), a maior organização guerrilheira da época, debateram um plano para libertar os líderes estudantis Vladimir Palmeira, Luís Travassos e José Dirceu, presos desde o fatídico congresso da UNE em Ibiúna, sem direito a hábeas corpus. A ação consistiria em fazer um resgate, promovendo um assalto aos jipes em que os prisioneiros eram conduzidos do Forte de Itaipu, na Praia Grande, litoral paulista, para interrogatórios e audiências na Auditoria Militar da Avenida Brigadeiro Luís Antonio, em

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