distinção das formas de colonização portuguesa empreendidas na América, África e Ásia nos séculos XVI e XVII

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A expansão colonial promovida através das grandes navegações do sec. XV, no caso de Portugal, foi um empreendimento estatal, recomendado pelo Tesoureiro Real exatamente porque os cofres do Estado estavam vazios. Havia a necessidade de ampliar a produção de alimentos, assim como a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; E principalmente romper o monopólio da lucrativa rota mediterrânea das especiarias, exercido pelas cidades italianas, notadamente Veneza, que restringia a possibilidade de lucros de outras cidades europeias e contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente.
D. João insistia na busca, com rapidez, do fim do continente africano. O objetivo nacional não era a África, como não foi o Brasil; era o Oriente, era a índia. Desta forma, ao realizar a viagem em torno da África, Portugal avançou em direção ao sul, atingindo pontos cada vez mais distantes do litoral da África e ilhas do Atlântico. Em 1488, o navegador Bartolomeu Dias chegou ao cabo da Boa Esperança, ao extremo meridional da África, demonstrando a existência de uma passagem para o oceano Indico. Os portugueses se comportaram na África do mesmo modo que no Brasil nos séculos dezesseis e dezessete, ao se conterem apenas no litoral. A exploração geográfica e comercial, da costa ocidental africana não formou o vasto domínio que abrangeria. Não houve de fato, domínio desta costa, mas apenas algumas feitorias, que se dedicavam ao comércio do ouro e da escravidão. Portugal usava suas áreas no continente africano para incentivar os empreendimentos através dos escravos, enquanto o comércio índico e oriental dominava o interesse português.
O governo português nunca se convenceu das possibilidades de sucesso, na África, de sistema econômico igual ao do Brasil, e relutou em financiar os custos de sua implantação. Daí o curso monótono de sua história costeira, a indisciplina de sua vida interior, a a não ocorrência da miscigenação e ocidentalização. Não houve

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