Distanásia
Möller LL
Siqueira-Batista R
Torres WC
Kovasc MJ
Silva CHD
Distanásia
RESUMO
A distanásia é termo pouco conhecido, mas muitas vezes praticada no campo da saúde. É assunto do campo da Bioética e é traduzido, segundo o
Dicionário de Bioética(1), como “morte difícil ou penosa, usada para indicar o prolongamento do processo da morte, através de tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente. Ela é sem qualidade de vida e sem dignidade. Também pode ser chamada Obstinação Terapêutica”(2).
Trata-se de conduta que visa manter a vida do paciente terminal, sujeito a muito sofrimento. Essa conduta não se estende à vida, mas ao processo de morrer. O avanço da ciência e sua aplicação, por vezes, comprometem a qualidade de vida das pessoas em sofrimento, afetando a sua dignidade. Os cuidados paliativos e o respeito ao direito do paciente são meios eficazes para prevenir a prática da distanásia.
O tema distanásia foi escolhido para ser aprofundado, por se constituir realidade no cotidiano dos profissionais de enfermagem e do qual pouco se fala, mesmo caracterizando-se como situação de sofrimento para o paciente, onde a vida é mantida sem perspectivas.
O estudo oportuniza pensar e estimular a discussão não só na área da Enfermagem, mas também com grupos interdisciplinares, já que o problema afeta pacientes atendidos por profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Buscou-se trabalhar com profissionais de enfermagem porque eles convivem com a distanásia nas UTIs e, através desses, é possível identificar novas formas de atendimento ao paciente em terminalidade e obter maiores conhecimentos sobre o tema.
Tem-se, portanto, como objetivo para o presente estudo conhecer se os enfermeiros compreendem e identificam situações de distanásia em unidade de terapia intensiva.
Acredita-se que este estudo poderá contribuir para otimizar a discussão entre os pares e o repensar do dilema entre distanásia e