Direito indígena

1164 palavras 5 páginas
CLIFFORD, James – A Experiência Etnográfica – Antropologia e literatura no séc. XX - Capítulo 1 – Sobre a Autoridade Etnográfica
J. Clifford caracteriza os métodos etnográficos dos clássicos, criticando-os e buscando uma composição sua. Ele inicia seu trabalho falando de B. Malinovski, da influência que o pesquisador tem no comportamento do objeto pesquisado.
O Orientalismo de E. Said, segundo JC levanta dúvidas radicais sobre os procedimentos pelos quais grupos humanos estrangeiros podem ser representados, sem propor, de modo definido e sistemático, novos métodos ou epistemologias. Tais estudos sugerem que, se a escrita etnográfica não pode escapar inteiramente do uso reducionista de dicotomias e essências, ela pode ao menos lutar conscientemente para evitar representar “outros” abstratos e a-históricos. Os objetos são estudados sem dar muita atenção à sua historicidade. É mais do que nunca crucial para os diferentes povos formar imagens complexas e concretas uns dos outros, assim como das relações de poder e de conhecimento que os conectam, mas nenhum método científico soberano ou instância ética pode garantir a verdade de tais imagens. O desenvolvimento da pesquisa etnográfica não pode, em última análise, ser compreendido em separado de um debate político-epistemológico mais geral sobre a escrita e a representação da alteridade (concepção que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos. Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam, a existência do “eu-individual” só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma visão expandida se torna o Outro – a própria sociedade diferente do indivíduo). A própria escrita do etnógrafo envolve uma série de fatores que a compromete. O etnógrafo descreve costumes, o antropólogo constrói teorias. Com B. Malinovski, o antropólogo assume os dois papéis (apesar de ele mesmo assumir não ter compreendido muito do que escreveu). O autor também se

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