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8.5 NORTE PIONEIRO: PARANAENSES x PAULISTAS

Sobre a fronteira entre São Paulo e Paraná ocorreu em razão da dominação inicial da Primeira sobre a segunda Província, mas não foi fácil delimitar as divisas economicamente. A falta de comunicação da região em questão com o interior do estado paranaense, e o fato de estar sendo colonizada por paulistas e mineiros, deu-lhe o jeito paulista, e o medo do perigo paulista. Dizia-se o lema paulista “Onde há café, aí deve estar São Paulo”, assim, uma política expansionista tinha como objetivo tornar o Porto de Santos o receptor e exportador de toda a produção dos estados vizinhos, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná.
Foi justamente com o objetivo de ligar essa região ao Porto de Paranaguá, mas o problema era que não havia verbas o suficiente para prosseguir a obra com devida rapidez. Para se ter uma ideia, a ferrovia que ligava Jacarezinho à Jaguariaíva, teve a sua construção percorrida por 18 anos, iniciada em 1912 e finalizada em 1930 por isso o nome “ferrovia dos desmaios”.
Em 1924 surgiu então a Sociedade Agrícola Barbosa, de Barbosa Ferraz Júnior, agricultor paulista. Comprou terras na região de Cambará e comunicou a construção da estrada de ferro Cambará- via Sorocaba-Ourinhos, pois sabia da importância que tinha de transportar sua produção ate os mercados. Conseguiu licença junto ao Governo Federal para exporta-las por setenta anos e pretendia chegar até o Paraguai via Guaíra. A estrada teve o nome de São Paulo- Paraná.
O domínio sobre a região do Norte do Paraná iria continuar devido há vitoria de Julio Prestes, que era paulista, por isso, o governo do Paraná se mostrou contra o candidato e apoiou Getulio Vargas, aderindo a revolução de 1930.
O perigo paulista representava o medo da elite paranaense, devido ao crescimento demográfico e político cafeeiro, que poderia transformar-se numa ameaça à hegemonia cultural da elite do Paraná Tradicional. O problema da integração das populações