Deus como Fator

DEUS COMO O FATOR
Lendo na semana passada um artigo de José Saramago publicado em 19 de setembro de 2001 na folha de São Paulo, e reproduzido aqui nesse espaço na Folha Giruaense no último dia 8 de setembro, despertou a minha atenção. Vi certa coerência desse famoso e condecorado escritor ao expor as discrepâncias e horrores que o homem reproduz e efetua em nome da religião, e, por consequência, em “nome de Deus”, contudo, tão chocante quanto à exposição grotesca do comportamento humano, foi a infeliz conclusão do autor em seu texto. Confesso que tais atitudes “em nome da religião” mencionadas no artigo me causam repulsa, e indignação, contudo não despertaram o meu ódio. Pois creio que tudo isso é resultado de uma religião institucionalizada, que nada mais é do que um pretexto político e econômico; geradora de conflitos de poder e domínio, quadro esse pintado pelo autor em cores vivas. No entanto, essa “religião secularizada”, nem se quer esboça os ensinamentos de Jesus, tão pouco evidencia um conhecimento mínimo e superficial de Deus. “A religião pura e imaculada para com nosso Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” Tiago 1.27. Ao contrário de Saramago em seu artigo, não busco adeptos nem culpados, tão pouco exposições conflitivas... , contudo procuro despertar no leitor a compreensão de assuntos que não remetem apenas as concepções transcendentes ou religiosas, mas que evidenciam nossas ações sociológicas, pedagógicas e antropológicas, fundamentados no próprio homem, imanentes da razão.
O princípio educacional humanista vigente (Dewey, Freire, Skinner, Brunner, Rogers...) no qual a sociedade é diariamente ensinada, seja na escola ou na universidade, diz que o ser humano independentemente das circunstâncias que o envolvem possui a capacidade inata de assumir o controle da sua vida e de promover o seu próprio desenvolvimento por meio de das capacidades exclusivamente humanas de escolha,