Depois da Nacao Estado

DEPOIS DA NAÇÃO – ESTADO O QUÊ?
“Numa geração anterior a política social baseava-se na crença de que novas nações, e dentro delas cidades, podiam controlar suas riquezas; agora, abre-se uma divisão entre estado e economia” observa Richard Sennet.
David Harvey nota que alguns objetos movem-se mais rápido que outros, como a economia. Segundo ele a economia move-se rápido o bastante para se manter permanentemente um passo um passo adiante de qualquer estado que possa tentar conter suas viagens. As empresas sofrem uma emancipação dos estados. O capital passa a não ter mais domicilio fixo, e os fluxos financeiros estão bem além do controle dos governos nacionais, muitas das alavancas da política econômica não funcionam mais.
Há unidade ou coordenação proposital das forcas em questão não existe mais, o mercado não é tanto uma interação de barganha de forças competidoras quanto pressões de demandas manipuladas, artificialmente criadas, e o desejo de lucro rápido.
Tudo isso cerca um processo em curso de definhamento das nações-estado de uma aura de catástrofe natural. Suas causas não são plenamente compreendidas, ele não pode ser previsto com exatidão mesmo que as causas sejam conhecidas, e com certeza não pode ser evitado, mesmo que previsto. Segundo palavras de G. H. Von Wright (apud, Bauman, 1.999, p. 64), a Nação-Estado “parece que se está desgastando ou talvez ‘definhando’, ou seja, existe uma grande possibilidade de eliminação do Estado-Nação, o que pode levar a uma desordem mundial”. Essa desordem mundial nada mais é do que uma sequência de atos, que se inicia com a falta de definição dos rumos e da falta de quem a controla.
A nova desordem mundial dos dias de hoje não pode ser explicada meramente pelas circunstâncias que constitui a razão mais obvia e imediata da sensação de pasmo e perplexidade; a confusão de “dia seguinte” produzida pelo fim abrupto do Grande Cisma e o súbito colapso da rotina política dos blocos de poder, colapso que deu alerta a nova