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Democratização da escola e as classes populares: Como criar um projeto político-pedagógico que respeite o conhecimento popular?

O projeto político pedagógico deve ser construído elaborado pela comunidade escolar fruto da vivência e da experiência e das necessidades pedagógicas desta comunidade.
Vindo de outro contexto os livros didáticos são prontos, editados, não expressão a vida da comunidade. Por isso o projeto político pedagógico deve ter por umas das bases a valorização da cultura desta comunidade.
“O homem, como um ser histórico, inserido num permanente movimento de procura, faz e refaz o seu saber” Paulo Freire
Partindo destes pressupostos, seguem abaixo algumas sugestões para que as escolas da Rede de Mesquita em seus projetos políticos pedagógicos venham valorizar os saberes dos alunos que é o centro do processo de aprendizagem.
Na escola, para sua formação como sujeito de sua história e da história do seu entorno, o estudante incorpora o patrimônio da humanidade, constrói o saber historicamente acumulado, apropria-se do saber produzido e acumulado pela humanidade. (Caderno 3, Conselho Escolar, 2004).
A inserção da cultura indígena no projeto político pedagógico é um exemplo de como a escola pode contribuir para a formação desse cidadão, visto que nesta localidade há cerca de 500 anos habitavam os índios jacutingas, apelido dado pelos colonizadores, por eles se enfeitarem com penas de jacu branco, um tipo de ave parecida com a galinha.
Outro exemplo seria a história da emancipação de Mesquita, chamada de Mutambó por seus antigos ocupantes, que ocorreu em três plebiscitos: 1987, 1993 e 1995 todos obtendo insucesso. Nascida somente em 1999 após um trâmite judicial de quatro anos. Fazendo com que os alunos venham a se apropriar da história da região, que na verdade é a deles, como cidadãos.
A violência, que é constante na Baixada Fluminense, onde Mesquita e mais sete municípios fazem parte, é intrínseco no cotidiano de todos os alunos. A média de