democracia da africa do sul

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As causas da crise político-africana foram imensas. Começando pela forma como os partidos conduziram a luta pela independência nacional, passando pelo tipo de regime que se queria seguir à independência e, recentemente, na forma como a democracia representativa foi introduzida e, principalmente, no modo como o continente tem sido governado.

O continente africano é um dos protótipos de países que foram incapazes de gerir corretamente os desafios do desenvolvimento tornando-se sinônimo de incompetência, corrupção, miséria e outras mazelas que fazem da África um continente condenado, para a vergonha dos seus mártires e deleite daqueles que pensam que os africanos são incapazes de caminhar pelas próprias pernas.

Embora o continente seja basicamente de analfabetos, os esforços empreendidos nos primeiros anos da independência eram para a melhoria cultural (no sentido lato do termo) da sua população e tiveram alguns resultados positivos. O que significa que existe uma parcela de intelectuais no continente, constituída essencialmente por jovens recém-formados (tal como é o continente). Esses jovens, na sua maior parte de origem camponesa, são confrontados com o debate sociológico, incluindo aspectos políticos e culturais. Vale lembrar que não nos mereceram toda atenção as manifestações de afirmação étnicas que entram em contradição com o nacionalismo nascente. O conjunto desta realidade obriga o jovem ou o intelectual africano, em geral, a um posicionamento difícil entre os seus interesses de afirmação pessoal ou defesa da construção nacional.

Se indagarmos onde está a incompatibilidade, podemos dizer que, na maior parte dos casos, a afirmação pessoal passa pela utilização dos recursos que a classe política facilita e que são, neste caso, quase sempre incompatíveis com o modelo de nação preconizado pelos movimentos de libertação nacional. Estes obrigam à utilização dos conhecimentos de uma forma diferente, mais modesta e mais utilitária, o que nem sempre é

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