Deficiencia

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É característico da sociedade categorizar as pessoas, descrevendo-as por um conjunto de tributos ideais e, consequentemente, criando hierarquias e relações de grupos elitizados e marginalizados, ou seja, acarretando desigualdades. Nesse contexto, a identidade pessoal busca enquadrar-se em determinado grupo, do qual retira as expectativas normativas para avaliar os demais indivíduos.
Goffman, no capítulo primeiro de seu livro “Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada”, de 1988, afirma que o termo estigma foi criado pelos gregos em referência a marcas corporais que destacassem algo extraordinário ou mau sobre que a apresentasse. Indica ainda que na era cristã foi acrescentada a condição religiosa, em que marcas poderiam evidenciar graça divina e, por outro lado, da medicina, ser referência a algum distúrbio físico. Atualmente, em sentido semelhante ao de sua primeira utilização, o termo acarreta desgraças e preocupações aos indivíduos os quais referencia. No caso dos grupos estigmatizados acontece que uma determinada marca lhes confere expectativas depreciativas e diminuídas, causa da segregação dos indivíduos pertencentes à categoria, e porquanto acaba por reduzi-los na avaliação do outro, sejam os estigmas deformidades físicas, culpas de caráter individual ou pertenças tribais a raças.
Goffman afirma que quando normais e estigmatizados realmente se encontram na presença imediata uns dos outros são os momentos que ambos os lados enfrentarão diretamente as consequências do estigma. Quando em contato constante, a relação interpessoal exige posturas amenizadas na forma de esquematizações, que exigem mais da pessoa estigmatizada do que daquela não-estigmatizada. A atitude de uma pessoa não-estigmatizada, ou seja, “normal”, em relação a uma pessoa estigmatizada é de discriminação, não conseguem fornecer o respeito e consideração aos indivíduos que esperam dela o reconhecimento como igual. Assim, os indivíduos estigmatizados tendem à uma postura

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