Decupagem

Nota: As passagens sem referência foram tiradas do livro de Xavier, capítulo II, A decupagem clássica, páginas 19 e 20.

Decupagem é o “processo de decomposição do filme (e portanto das seqüências e cenas) em planos” (Xavier, 1977: 19);
Enquadramento / enquadrar: o termo quadro / moldura era caro à pintura e à fotografia, no cinema, os termos servem “...para designar o conjunto do processo, mental e material, pelo qual se chega a uma imagem que contém um certo campo visto de um certo ângulo.” (Aumont &Marie, 2003: 98).
Montagem – definição ampliada: “...é o princípio que rege a organização de elementos fílmicos visuais e sonoros, ou de agrupamentos de tais elementos, justapondo-os, encadeando-os e / ou organizando sua duração.” (Aumont, 1995: 62).
Plano: “...corresponde a cada tomada de cena, ou seja, à extensão de filme compreendida ente dois cortes, o que significa dizer que o plano é um segmento contínuo da imagem” (Xavier, 1977: 19); Plano-seqüência: “... um plano bastante longo e articulado para representar o equivalente a uma seqüência. (...) geralmente fala-se de plano-seqüência quando um plano é suficientemente longo. (...) Do ponto de vista estético, ele foi defendido por Bazin, que via nele, junto com a profundidade de campo, um instrumento de realismo, qu permitia evitar a fragmentação do real, e respeitava, portanto, a um só tempo, o próprio real e a liberdade do espectador. ” (Aumont &Marie, 2003: 231).
Em virtude de o plano corresponder a determinado ponto de vista em relação ao que é filmado, quanto à posição da câmera (quanto à distância), temos:
Plano Geral: “Em cenas localizadas em exteriores ou interiores amplos, a câmera toma uma posição de modo a mostra todo o espaço da ação”;
Plano Médio ou de Conjunto (principalmente em interiores): “a câmera mostra o conjunto de elementos envolvidos na ação (figuras humanas e cenário). A distinção entre plano de conjunto e plano geral é aqui arbitrária e corresponde ao fato de que o último abrange