DECLARAÇÃO SOBRE AS RELAÇÕES DA IGREJA COM AS RELIGIÕES NÃO-CRISTÃS
Em sua introdução discorre sobre a Igreja e as religiões esclarecendo sobre o nosso tempo em que as relações são mais estreitas entre todos os homens, a Igreja interroga-se sobre o que têm em comum, uma só origem e um só fim: Deus. Ao mesmo tempo, a humanidade espera das diversas religiões a resposta às perguntas mais profundas da condição humana: quem é o homem? Qual é o sentido e o fim da vida? O que é o bem e o pecado? Qual é a origem e o significado do sofrimento? O que acontece depois da morte? Qual é, finalmente, o mistério último que envolve a nossa existência, a nossa origem e a nossa meta? As religiões, unidas ao progresso da cultura, testemunham uma sensibilidade especial e atual sobre as coisas e os acontecimentos da vida humana, e também um reconhecimento da divindade suprema ou, ainda, do Pai.
Sobre as diversas religiões não-cristãs, na quantidade inesgotável dos mitos os homens procuram, no hinduísmo, exprimir o mistério divino. A libertação das angústias da nossa condição humana é procurada na meditação profunda, no refúgio em Deus com amor e confiança. O budismo reconhece a insuficiência radical deste mundo em mudança. Ensina um caminho que conduz à libertação perfeita e à iluminação suprema pelos seus próprios esforços ou um auxílio vindo do alto. Ao abordar o Islamismo, o documento lembra que esta religião, ao lado do Judaísmo, possui uma característica comum ao Cristianismo, pois as três são monoteístas. Além deste importante fundamento, o Islamismo honra Maria e espera pelo dia do juízo, têm apreço à vida moral e presta culto a Deus, sobretudo com a oração, a esmola e o jejum. Com relação ao Judaísmo, a Igreja reconhece que é grande o patrimônio espiritual comum entre cristãos e